Crivella ‘bate o martelo’ e diz que escolas de samba não terão subsídios da Prefeitura no carnaval de 2020

Crivella ‘bate o martelo’ e diz que escolas de samba não terão subsídios da Prefeitura no carnaval de 2020

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou, na manhã desta sexta-feira (30), que as escolas de samba que desfilam na Marquês de Sapucaí não receberão subsídios da prefeitura em 2020.

Antes do desfile de 2019, a Prefeitura pagou R$ 500 mil por agremiação do Grupo Especial para a preparação do carnaval. No ano anterior, com o auxílio de uma empresa de aplicativo de transporte, cada escola recebeu R$ 1,5 milhão. Até 2016, a subvenção chegou a R$ 2 milhões por escola.

“As escolas do Grupo Especial não vão mais receber subvenção da prefeitura, que decidiu que não vai dar mais subvenção para nenhum evento que cobre ingresso. Então permanece o réveillon, permanece o carnaval de rua da Intendente Magalhães, permanecem outros eventos da cidade. Mas os que cobram ingresso, como o Rock in Rio, o carnaval da Sapucaí e outros que têm renda, esses não vão receber mais subsídios da prefeitura”, garantiu o prefeito.

Ainda de acordo com o prefeito, a transferência para o governo do estado ainda está em conversação. “O governador disse que teria interesse em fazer o carnaval do Sambódromo. Eu acho bom. Porque o carnaval traz para a cidade muitos turistas que vão se hospedar”.

27 milhões para o carnaval de rua

O presidente da Riotur, Marcelo Alves, disse deve manter para 2020 o apoio dado às escolas das Séries B, C, D e E, que desfilam na Intendente Magalhães, em Campinho, na Zona Norte, e para as escolas de samba mirins, que se apresentam na terça-feira de carnaval no Sambódromo.

“Para essas escolas vamos manter os valores das subvenções repassadas para o carnaval deste ano. Para as escolas da Intendente foram cerca de R$ 2 milhões. E já temos garantido R$ 27 milhões para a realização do carnaval de rua. Continuamos em conversas com empresas que querem investir, colocar sua marca no carnaval do Rio, que é um evento que reúne sete milhões de pessoas”, disse Alves.

O presidente da Riotur destacou ainda que há uma chance de as escolas que desfilam na Sapucaí conseguirem subvenção do estado ou da União através das leis de incentivo à cultura.

“O governo do estado se mostrou bastante propenso a ajudar. E o estado e o governo federal têm o benefício de poder usar mecanismos de incentivo à cultura para investir no carnaval. Espero que eles possam ajudar porque a prefeitura não tem condições para isso”, disse Alves.

Quanto às negociações para a transferência do Sambódromo para o governo do estado, Alves disse acreditar que elas já estão entrando em fase final, com análises de documentação feitas pelas procuradorias do município e do estado.

“Espero que as negociações já estejam em fase final porque o Sambódromo é um equipamento importante e que precisa de reformas. Evidentemente, que a prefeitura quer manter alguns projetos, como o do Setor 11. Temos contratos e um projeto turístico, o Carnaval Experience, que deve estrear em março de 2020 – previsto inicialmente para começar em outubro de 2018 -, que é a utilização turística dos camarotes para uma experiência do carnaval do Rio. É um projeto importante de atração de turistas e que vai trazer novas receitas para o município”, disse o presidente da Riotur.

Fonte: g1.globo.com

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