Cerimônia marca fim das Paralimpíadas com recorde de medalhas para o Brasil, que foi 5º

Cerimônia marca fim das Paralimpíadas com recorde de medalhas para o Brasil, que foi 5º

Foto: Alexandre Schneider/CPB

A Paralimpíada de Paris encerrou-se neste domingo (8) com um marco histórico: o Brasil alcançou o top 5 no quadro de medalhas, somando 89 pódios no total. Essa é a melhor posição que o país já obteve em Jogos Paralímpicos. Foram conquistadas 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Logo à frente, ficaram a Holanda com 26 ouros (4º lugar), os Estados Unidos com 36 (3º), a Grã-Bretanha com 49 (2º) e a China, que liderou com 94 ouros (1º).

Brasil continua em ascensão.

Anteriormente, o Brasil havia atingido sua melhor campanha nos Jogos de Tóquio, quando ficou em sétimo lugar, com 22 ouros e um total de 72 pódios.

Destaques nas medalhas

O atletismo foi a modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil, com 36 no total. A natação também foi expressiva, garantindo 26 medalhas. O grande impulso final no quadro de medalhas veio do judô, que nos últimos dias conquistou 4 ouros e assegurou o quinto lugar para o país.

Cerimônia de encerramento

Já a cerimônia de encerramento das Paralimpíadas de Paris 2024, realizada na tarde deste domingo (8) no Stade de France, marcou o fim de 12 dias de competições emocionantes. O Brasil fez história ao quebrar seu recorde de medalhas, com um total de 89 pódios, além de alcançar sua melhor marca de ouros, com 25. Esses resultados levaram o país a entrar pela primeira vez no Top 5 do quadro geral de medalhas. Carol Santiago, a nadadora com o maior número de ouros paralímpicos na história do Brasil, e o canoísta Fernando Rufino foram os porta-bandeiras da delegação brasileira na cerimônia.

No início da celebração, Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador de Paris 2024, fez um discurso destacando a importância dos voluntários, peça chave para o sucesso dos Jogos, e pediu aplausos em sua homenagem. Estanguet também enalteceu o nadador brasileiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, como exemplo de superação. Gabrielzinho conquistou três medalhas de ouro na classe S2, nas provas de 50m costas, 100m costas e 200m livre.

“Quando o brasileiro Gabrielzinho venceu suas três provas, em um ambiente emocionante, ele transformou a forma como enxergamos as diferenças e enviou uma mensagem poderosa para pessoas com deficiência: o esporte também é para você”, afirmou Estanguet.

Além disso, foram anunciados os seis atletas eleitos para o Conselho dos Atletas do Comitê Paralímpico Internacional, escolhidos por 1.821 competidores na Vila Paralímpica. Os eleitos foram Lenine Cunha (Portugal, atletismo), Tan Yujiao (China, levantamento de peso), Won Yoo-min (Coreia do Sul, basquete em cadeira de rodas), Denise Schindler (Alemanha, ciclismo), e os reeleitos Martina Caironi (Itália, atletismo) e Vladyslava Kravchenko (Malta, natação).

A cerimônia também marcou a transição para Los Angeles, sede das próximas Paralimpíadas de Verão em 2028. Durante o evento de transferência, a atriz Ali Stroker, vencedora do Tony Award, entoou o hino nacional dos Estados Unidos, acompanhada por performances do pianista de jazz Matthew Whitaker, da violinista Gaelynn Lea, do rapper Garnett Silver-Hall e do artista Anderson Paak.

Com a presença de aproximadamente 4.400 atletas de 168 delegações e assistida por cerca de 70 mil espectadores no Stade de France, a cerimônia de encerramento encerrou os Jogos com um clima de satisfação. Paris se despede com a sensação de ter entregue um evento inesquecível, enquanto Los Angeles se prepara para dar continuidade ao movimento paralímpico em 2028.

 

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