A segunda motofaixa do Rio de Janeiro começou a operar nesta segunda-feira (16), desta vez na Zona Norte. Localizada na Avenida Rei Pelé e na Rua Teixeira Soares, entre o Maracanã e a Praça da Bandeira, a faixa exclusiva para motocicletas tem como objetivo reduzir acidentes de trânsito envolvendo motos e melhorar a fluidez no tráfego.

Assim como a motofaixa inaugurada em São Conrado há quatro meses, essa nova via será delimitada por sinalização azul, posicionada entre as faixas existentes. O trecho possui 2,4 quilômetros no sentido Centro e 1,7 quilômetros no sentido Méier. A ideia é proporcionar mais segurança e organização para os motociclistas, diminuindo o risco de colisões.

A faixa terá caráter preferencial, ou seja, seu uso não será obrigatório. Motociclistas poderão utilizá-la especialmente em situações de tráfego intenso, enquanto os demais veículos poderão cruzar a motofaixa, com cuidado, para realizar mudanças de faixa. A velocidade máxima permitida para motos será de 60 km/h, inferior aos 80 km/h das faixas regulares.

O trecho formado pela Avenida Rei Pelé e Rua Teixeira Soares foi escolhido devido ao elevado número de acidentes e ao grande volume de motocicletas que trafegam na região. No pico da manhã, cerca de 1.180 motos passam por hora, enquanto no pico da tarde, são 600, representando 27% do total de veículos. De acordo com a CET-Rio, 59% das vítimas de acidentes de trânsito são motociclistas ou passageiros de motos.

Além disso, dados das câmeras municipais indicam que 83% dos motociclistas durante o pico da manhã e 67% no pico da tarde se envolvem em situações de risco ao trocar de faixa ou trafegar entre os carros. Essas câmeras também serão utilizadas para monitorar o funcionamento da nova motofaixa e avaliar seus resultados.