Artistas portadores de Síndrome de Down desafiam expectativas e se tornam fontes de inspiração.
A expressão artística de Lucio Piantino, um artista plástico de Brasília de 28 anos, é marcada por uma linguagem abstrata que transmite uma profunda humanidade e inclusão. Além de sua habilidade nas artes visuais, ele também se destaca como um multi-artista, atuando, dançando e explorando os palcos com versatilidade. Encarnando personagens como palhaço e drag queen, ele encontra sua verdadeira casa no teatro. No entanto, seu caminho até aqui foi marcado por desafios, especialmente dentro do sistema educacional, onde encontrou hostilidade devido à sua síndrome de Down.
Diante das dificuldades, sua mãe, Lurdinha Danezy, uma produtora cultural e professora, foi uma figura crucial. Ela lembra vividamente o momento em que Lúcio expressou sua angústia em relação à escola e, em resposta, o introduziu ao mundo das artes, onde ele floresceu. Desde então, Lúcio nunca mais parou de criar, construindo uma carreira sólida como artista plástico com exposições em museus internacionais.
Apesar das expectativas pessimistas associadas à síndrome de Down, Lurdinha sempre se recusou a aceitar limitações para o filho, optando por valorizar suas habilidades e singularidades. Essa abordagem foi fundamental para o desenvolvimento de Lúcio, que demonstrou um progresso motor e intelectual notável desde tenra idade, desafiando as previsões dos profissionais de saúde.
A trajetória de Lúcio, assim como a de outros indivíduos com síndrome de Down, destaca a importância da inclusão e do apoio familiar. Ao serem proporcionados ambientes estimulantes e oportunidades adequadas, essas pessoas podem não apenas alcançar seu pleno potencial, mas também inspirar outros com sua arte e talento.
Fonte: Agência Brasil
0 Comentários