Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O foco no combate às fake news sobre vacinação, especialmente nas redes sociais, deve estar nas pessoas que têm dúvidas sobre a eficácia e segurança das vacinas, em vez de se concentrar naqueles que propagam boatos e informações falsas. Essa é a posição defendida por Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil.

“Precisamos trabalhar muito e em conjunto contra aqueles que espalham fake news, sabendo que eles dificilmente mudarão. No entanto, existe outro grupo de pessoas, e com elas ainda podemos dialogar, pois têm dúvidas”, afirmou Socorro durante sua participação na 26ª Jornada Nacional de Imunizações, no Recife.

Ela também destacou que a maioria das pessoas confia na eficácia das vacinas. “Somos muitos os que acreditamos que as vacinas funcionam. Há um pequeno grupo que diz que elas não são boas, mas eles fazem muito barulho, e suas mensagens circulam nas redes sociais”, enfatizou Socorro. “Por isso, precisamos nos dirigir àqueles que ainda podemos convencer, oferecendo a informação correta.”

Segundo a representante da Opas no Brasil, o país está passando por um “momento de virada” em relação à vacinação. “Já foi demonstrado para o mundo que, com decisão política e coordenação, é possível ter sucesso”, afirmou, mencionando que o Brasil recentemente saiu da lista dos 20 países com o maior número de crianças não vacinadas.

“O Brasil tem aumentado suas coberturas vacinais de forma notável, mais do que qualquer outro país, e isso mostra a força da união de instituições que se unem para cuidar de todos, mesmo em tempos adversos”, concluiu Socorro, reforçando que a Opas continua como parceira do governo e das instituições brasileiras nesse processo.