Comentário: a ânsia do modo norte-americano

Comentário: a ânsia do modo norte-americano

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, fez um discurso em um think tank na noite do dia 4, alegou que a China interfere em assuntos internos e nas eleições dos EUA e fez acusações contra as políticas internas e externas da China. A chancelaria chinesa reagiu a tal afirmação, dizendo que as palavras de Pence não são nada além de rumores, confundir o certo e o errado e criar algo que não existe.

Na prática, ainda antes do discurso de Pence, o governo americano já revelou que haverá uma política completamente nova sobre a China, abrindo o apetite da mídia global. No entanto, as palavras de Pence frustraram a imprensa por não haver algo novo. Os problemas são velhos e as chamadas provas vêm de reportagens veiculadas nos veículos de comunicação. O que o vice-presidente fez é embalar de novo o conteúdo.

Vem aí a pergunta. Por que a Casa Branca decidiu publicar uma “coleção” de difamação sobre a China nesse tempo? O secretário-geral dos EUA, Mike Pompeo, vai visitar a China no dia oito e trocar opiniões com os líderes do país sobre questões de interesse comum dos dois países. Por um lado, a visita de um alto funcionário e, por outro, a acusação contra todos os aspectos. A ação já parece familiar para os chineses, já que nos últimos seis meses de atrito comercial, os EUA sempre tentaram promover a negociação por meio de ameaça.

Aparentemente, Pence estava criticando a China, mas o que ele busca na prática são os interesses políticos e eleitorais. A administração Trump está com ânsia e pressão de encontrar um bode expiatório.

Infelizmente, a China não quer, não se interessa e não tem tempo de interferir nos assuntos alheios, que não está em alinhamento com a política diplomática da nação. Além disso, com mais de 30 milhões de pessoas que vivem em pobreza e tantos planos a serem concretizados, a China não tem mais energia para intervir nos assuntos internos de outros. Até a própria secretária da Segurança Interna dos EUA, Kirstjen Nielse, disse publicamente que “não há por enquanto provas de que a China tenta prejudicar ou mudar os resultados das eleições de meio de mandato”. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, já resumiu: quem viola a soberania, interfere nos assuntos internos e prejudica os interesses dos outros, a comunidade internacional sabe bem da questão.

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