Comentário: Aumento tarifário afeta empresas norte-americanas

Comentário: Aumento tarifário afeta empresas norte-americanas

O Escritório do Representante de Comércio Exterior dos EUA realizou na segunda-feira (20) uma audiência aberta de seis dias sobre a imposição de tarifas a mercadorias chinesas importadas, em um valor total de US$ 200 bilhões.

Para as empresas norte-americanas, há duas soluções para evitar o impacto do aumento tarifário: procurar a isenção ou convencer o governo a desistir do plano e resolver as disputas comerciais por negociações. A busca da isenção é dificílima. Por exemplo, desde maio, o Departamento de Comércio dos EUA tem recebido mais de 20 mil solicitações de isenção tarifária para produtos de aço, mas não aprovou nenhuma. Como é possível convencer o governo? Na última audiência realizada no final de julho sobre a imposição de tarifas às mercadorias chinesas de US$16 bilhões, apenas seis dos 82 falantes concordaram com o aumento tarifário, ou seja, mais de 90% dos participantes foram contra a tarifa adicional. Mesmo assim, o governo de Trump não mudou sua decisão.

Esta vez, é muito provável que a Casa Branca continue a negligenciar a opinião dos empresários e aumente a tarifa aos produtos importados da China em setembro.

Qual será a consequência desta decisão? Se as importadoras repassarem a taxa aos consumidores, o preço aumentaria e os consumidores teriam que pagar mais para manter o padrão de vida atual. Se as importadoras assumirem propriamente a taxa, enfrentariam o maior custo e a menor competitividade. Em longo prazo, as empresas norte-americanas ou demitirão trabalhadores ou fecharão as portas.

Consta em uma reportagem do jornal New York Times: em uma tarde recente, uma fábrica de Zhongshan, cidade da província de Guangdong, sul da China, uma trabalhadora estava fabricando um painel de controle digital. Questionada sobre a tensão comercial entre a China e os EUA, ela respondeu que se ocorrer a guerra comercial, vai certamente apoiar o seu país, mesmo que seu trabalho seja afetado.

Segundo a agenda publicada, os EUA aumentarão 25% do imposto aduaneiro para os produtos importados chineses no valor de US$16 bilhões. E a China terá de adotar contramedidas. Ao mesmo tempo, os EUA convidaram a China para realizar a primeira negociação após a eclosão da guerra comercial. Washington parece que preparou dois projetos. Esta estratégia poderá funcionar? As palavras da trabalhadora chinesa é a melhor resposta.

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