Muito temos ouvido falar do tal de empoderamento feminino. Será que compreendemos o que significa? Conseguimos vivê-lo ou, ao menos, constatá-lo na realidade? Vamos lá... Basicamente, a expressão se refere à dimensão da participação da mulher nas várias esferas da sociedade: do mercado de trabalho a dentro da própria casa, passando pelos papéis que exerce desde em sua comunidade até no seu País. Empoderar mulheres significa abrir-lhes oportunidades de escolha e incentivá-las a desejar, se capacitar e lutar por objetivos próprios. Afinal, até há pouco e por muito tempo, a maior parte do espaço social cabia apenas aos homens. Especialmente quando envolvia o direito de decidir ou liderar. No Brasil, alguns índices ligados à marca feminina na sociedade têm crescido. Aqui, onde a primeira Presidenta da República, Dilma Roussef, só tomou posse em 2011 - enquanto, por exemplo, o Sri Lanka teve uma chefe de Governo já em 1961 -, hoje, somamos 11 Ministras na principal cadeira dos 37 ministérios atuais, e outras duas mulheres nas chefias dos mais importantes bancos públicos. Nas redes sociais, a influência das brasileiras é ainda mais notável: apesar do campeão em celebridade ser Neymar (mais de 200 milhões de seguidores), entre os demais 9 melhores colocados no ranking, 5 são mulheres. A medalha de ouro é Anitta, seguem-na Tatá Werneck, Larissa Manoela, Maísa e Bruna Marchezine. No mercado de trabalho, entretanto, está o nó mais apertado: nele, a mulher segue em grande desvantagem numérica, com participação em empregos formais, ainda hoje, 20% menor que a masculina, segundo a FGV. Por outro lado, como tem caprichado na escolaridade, a mulherada está em mais da metade das vagas, por exemplo, em Medicina - profissão que exige muito estudo. Quanto aos salários, infelizmente, a disparidade desfavorável a elas chega a quase 30% a menos, sendo a função de investidor no mercado financeiro, a que menos remunera as profissionais. Fora da formalidade, a situação não muda muito: o Brasil é o 7º do mundo em número de empreendedores, mas, mulheres, representam apenas 34% deste total. Diante das responsabilidades frente a filhos e casa, entretanto, ninguém manda tão bem quanto as humanas: maioria no Brasil como chefe de família, elas, inclusive, se desdobram também em terceiros e quartos turnos atuando simultaneamente como profissionais. Ressalte-se que, entre estas, 68%, apesar dos tantos obstáculos, têm, no mínimo, ensino Médio concluído.
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