Empresas de transporte do RJ contabilizam quedas de arrecadação durante a pandemia

Empresas de transporte do RJ contabilizam quedas de arrecadação durante a pandemia

Com a pandemia, as empresas de transporte do Rio dizem que a receita caiu muito por causa da redução no número de passageiros. E as contas não fecham. O metrô e a SuperVia já anunciaram que podem parar no mês que vem.

O metrô considera insuficiente o valor destinado ao Rio e diz que já teve prejuízos de R$ 175 milhões.

A SuperVia afirma que teve ainda mais perdas, que somam R$ 182 milhões desde o começo da pandemia.

O socorro às empresas de transporte público foi aprovado na Câmara dos Deputados. A proposta inicial contemplava municípios com mais de 300 mil habitantes.

Agora, com o novo texto, foram incluídas as cidades a partir de 200 mil habitantes. Ou seja, mais municípios dividindo os R$ 4 bilhões do Governo Federal.

Mas ainda não se sabe quando esse dinheiro deve ser repassado para o Rio de Janeiro.

“Essa mudança, de 300 para 200, já era prevista. O Rio de Janeiro vai receber para a questão metropolitana R$ 129 milhões, aproximadamente”, disse o secretário de Estado de Transportes, Delmo Pinho.

O texto ainda tem que passar pelo Senado, mas as concessionárias que esperam pelo socorro têm pressa.

O Governo do Estado já prepara uma forma de dividir os recursos que ainda vão chegar.

“A lei indica que isso tem que ser proporcional ao número de passageiros. Só que estamos trabalhando numa modelagem matemática para cada modo de transporte. Vamos apresentá-la previamente à Assembleia Legislativa, ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Precisamos da certeza do uso desses recursos da maneira mais transparente possível. Dessa forma, o dinheiro vai chegar na ponta para o usuário que precisa do transporte” explicou o secretário.

A adesão ao socorro federal prevê alguns compromissos. O preço da passagem não pode aumentar durante o estado de calamidade pública e as companhias não podem diminuir o número de funcionários.

Os contratos entre as empresas e o governo também devem ser revistos, para chegar a um melhor equilíbrio financeiro.

“Nosso objetivo agora não é resolver o passado. O nosso objetivo é resolver os próximos três meses. Entendemos que setembro, outubro e novembro serão meses bastante difíceis para a questão da mobilidade urbana. Então, a nossa expectativa é que esses recursos nos ajudem para os próximos três meses. Acreditamos que em dezembro a situação vai estar muito melhor porque a demanda deve ter aumentado razoavelmente”, disse o secretário.

Fonte: g1.globo.com

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