O "cabritinho" tá de regra nova. Seguindo reivindicações das 56 comunidades e 600 profissionais envolvidos, a Prefeitura regulou este tipo de transporte carioca. São nada menos do que 118 linhas operando pela cidade. "Trata-se de uma realidade, e da maior importância, para a população. O 'cabritinho' circula em muitas áreas íngremes, de difícil acesso, sendo o único serviço disponível para as pessoas chegarem em casa", ressaltou o prefeito Eduardo Paes, completando: "Nosso esforço na elaboração deste Código Disciplinar é no sentido de organizar o sistema e fazer a população ainda melhor atendida." Entre as reivindicações consideradas está, por exemplo, a possibilidade de trocar de itinerário, solicitando autorização para prestar um serviço diferente do previsto anteriormente. Especialmente em casos de coação ou força maior, devendo ser justificados em até 48 horas à Secretaria de Transportes do Rio. "Vínhamos conversando com a categoria há algum tempo - contou a secretária Maína Celidônio, completando: "As peculiaridades do serviço exigem até a variação tarifária. Os 'cabritinhos' cumprem importante função social. Todos sabemos do que podem ter que enfrentar. Era injusto, por exemplo, ser obrigado a uma fuga de rota e ainda acabar com a permissão cassada." O novo código cria regras mais claras inclusive para aplicar penalidades por possíveis inflações dos operadores, além de, segundo a Prefeitura, ampliar a capacidade de controle e monitoramento pela SMTR, e modernizar o sistema, inclusive, com a previsão da implantação de GPS e validadores da bilhetagem digital. A regulamentação também prevê a criação de um curso de formação e atualização para operadores dos 'cabritinhos', nos moldes dos que já são oferecidos a taxistas - o que disponibiliza um melhor nivelamento na qualidade do serviço. O valor da passagem dos neste transporte tem máximo estabelecido segundo o cobrado nos ônibus convencionais - R$4,30.
0 Comentários